Raio X: por que em muitos lugares o controle de qualidade está se tornando desafiador sem o raio X
Na produção de alimentos, os riscos potenciais de contaminação, tanto visíveis quanto invisíveis, são encontrados em quase todas as etapas de produção. Por isso, o "Lebensmittelwarnung.de", um site de notícias sobre segurança alimentar no portal dos estados federais e do Escritório Federal de Proteção ao Consumidor e Segurança Alimentar BVL, publica regularmente avisos sobre valores de cromo VI ou cádmio, aumento da contaminação por salmonela ou corpos estranhos em alimentos, só para citar alguns.
A lista de corpos estranhos é diversa e varia de parafusos a aparas de metal em alimentos. A detecção de metais apontará esses itens, mas e quanto a corpos estranhos não metálicos, como gaxetas, peças de vidro ou plástico?
Além disso, o que dizer dos plásticos de engenharia que estão se tornando cada vez mais importantes na construção de máquinas?
Esses plásticos, em particular, são muito importantes em termos de verificação. Até porque produtos semiacabados, peças estruturais ou conjuntos inteiros são cada vez mais feitos de plásticos de engenharia, mesmo em máquinas destinadas ao uso na indústria alimentícia.
Todos os setores, inclusive o alimentício, já reconheceram que os plásticos de engenharia, sejam eles sintéticos termoplásticos modificados ou componentes metálicos substituídos por plástico, podem certamente competir com os metais em termos de peso, capacidade de carga, resistência à compressão, resistência ao impacto ou resistência à corrosão. No entanto, não há prós sem contras. O fato de não ser possível detectar plásticos com os detectores de metal tradicionais provoca uma mudança de mentalidade no que diz respeito às tecnologias de inspeção.
Detectores de metais em comparação com sistemas de inspeção por raios X
Deixando de lado a detecção de metais em favor da detecção por raio X ou uma combinação das duas aplicações. O raio X garante que os produtores de alimentos não dependam da condutividade e da permeabilidade magnética e possibilita a verificação da contaminação causada por partículas de borracha, vidro ou até mesmo de plástico.
A auditoria HACCP, que classifica os riscos de produção previstos na linha de produção, determina, em última análise, qual das duas tecnologias de inspeção deve ser usada. Os produtores de alimentos verificam os pontos críticos de controle, que geram uma base para recomendações específicas para uma das duas tecnologias ou até mesmo uma combinação de ambas.
O raio X pode fazer muito mais do que encontrar corpos estranhos
Em comparação com os detectores de metais, a quantidade de corpos estranhos identificados com a tecnologia de raios X é significativamente maior. Vidro, ossos, pedras ou até mesmo plásticos são detectados nos alimentos mesmo em altas velocidades e, dependendo da implementação técnica da instalação de produção, podem ser rejeitados. O raio X, que utiliza o princípio da radioscopia, emprega um detector para determinar os diferentes tons de cinza e gera uma imagem de raio X que é analisada por meio de vários algoritmos de inspeção. Esses algoritmos do software associado identificam irregularidades nos resultados que indicam um erro ou um "elemento estranho".
No entanto, as empresas se beneficiam muito mais da detecção por raios X: além de encontrar contaminantes, o progresso tecnológico possibilita que os raios X cubram um grande número de outras áreas de garantia de qualidade. Quando integrado em uma linha de produção, ele também pode verificar o nível de envase ou o peso das mercadorias. Além disso, o uso de raios X tem vantagens significativas quando se trata de materiais de embalagem. Além de verificar o peso dos produtos embalados, ele também pode avaliar se as costuras seladas a quente foram aplicadas e seladas corretamente ou se o rótulo está posicionado corretamente.
Os fabricantes de alimentos que, por exemplo, valorizam um baixo custo total de propriedade e, portanto, dependem de sistemas com plásticos de engenharia, devem repensar sua garantia de qualidade em paralelo. A resposta correta para a questão da detecção de metais em comparação com raios X ou uma combinação significativa de ambos pode ajudar significativamente a reduzir o número de recalls de alimentos processados.
A importância das tecnologias de inspeção aumenta ainda mais em vista do fato de que estudos mostram que os consumidores estão dispostos a gastar mais dinheiro por qualidade testada. Com o aumento da demanda por refeições prontas e semipreparadas, o número de produtos embalados aumentará, assim como a variedade de materiais de embalagem. Somente aqueles que estiverem tecnicamente atualizados nesse momento poderão se manter firmes contra a crescente pressão da concorrência e reter seus clientes a longo prazo.